Ela tem 26 anos. Como boa aquariana vive em torno da água. Velejadora, Laís Guimarães, paulistana de Grajaú, esteve em Pernambuco esta semana para a exibição do curta-metragem “A Reserva é o Meu Quintal”. O documentário, que dura 23 minutos,  é uma das ações do Projeto “ODS no Front”, desenvolvido pelo Cineclube Socioambiental Em Prol da Vida – com financiamento da União Europeia, através do GT Agenda 2030 e ODS, em parceria com a ONG Gestos Soropositividade. 

A película destaca, pelo menos, dois pontos da Agenda 2030: o ODS 6, sobre água potável e saneamento; e o ODS 14, que se refere à conservação dos recursos marinhos. No roteiro, uma jovem instrutora de barco à vela, da periferia de São Paulo e que, em meio à pandemia, sobrecarregada de demandas para ajudar sua comunidade às margens da represa Billings, faz um mergulho interior.

Filha de mãe baiana e pai alagoano, e a mais velha de quatro irmãos, Lais Negona, como é carinhosamente chamada, é a protagonista dessa história, que na terça-feira (3) foi contada no Cine São José, em Afogados da Ingazeira, Sertão pernambucano, e na quinta (5), no Armazém do Campo, Centro do Recife. “Fiquei supercontente de levar um pedacinho do meu território pro Sertão”, revelou Laís, encantada por Afogados ser referência no cinema de rua.

A ancestralidade une o povo que vive no entorno da represa e o do Sertão. O povo que conta suas histórias, que enaltece a própria história. “O povo do Grajaú está aprendendo a reconhecer suas potencialidades. E eu vim trazer minha história e a história do Graja. É uma motivação para eu nunca desistir, e confiar que eu posso tudo. Nunca sozinha. Sempre com a minha rede”, enalteceu.

Ficamos felizes em poder apoiar esse doc tão necessário que foca de maneira sensível um tema fundamental para a  Agenda 2030: o da sustentabilidade socioambiental.