Cepal prevê aumento da pobreza, da extrema pobreza e da desigualdade e propõe avançar em direção à renda básica

Organismo apresentou novo relatório sobre os desafios sociais da crise gerada da pandemia da Covid-19

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) apresentou, no último dia 12/05, um novo relatório em que prevê aumento da pobreza, da extrema pobreza e da desigualdade na região e propõe avançar em direção a uma renda básica que ajude a população mais vulnerável a superar os efeitos do coronavírus.

A proposta é a de que os governos garantam transferências monetárias temporárias imediatas para satisfazer as necessidades básicas e sustentar o consumo das famílias, o que será fundamental para que a região alcance uma recuperação sólida e relativamente rápida.

No longo prazo, a Cepal reforça que o alcance dessas transferências deve ser permanente e beneficiar não apenas as pessoas em situação de pobreza como também as camadas da população vulneráveis ao risco de cair na pobreza, avançando em direção a uma renda básica universal que assegure o direito básico à sobrevivência.

“A pandemia tornou visíveis problemas estruturais do modelo econômico e as deficiências dos sistemas de proteção social e dos regimes de bem-estar que hoje estão se tornando muito caros para nós. Por isso, devemos avançar para a criação de um Estado de bem-estar com base em um novo pacto social que considere o fiscal, o social e o produtivo”, disse a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, ao apresentar o novo relatório em uma coletiva de imprensa virtual.

Proposta – Na ocasião, Alicia também apresentou detalhes da proposta elaborada pela Cepal para criação de uma renda básica de emergência, a ser implementada imediatamente pelos países, com a possibilidade de se tornar permanente dependendo da situação de cada país. A organização entende que a pandemia levará tempo para ser superada e que as sociedades terão que conviver com o novo vírus, o que inevitavelmente tornará a recuperação econômica e produtiva mais difícil.

O Relatório Especial Covid-19 nº 3, intitulado “O desafio social em tempos da Covid-19”, apresenta uma estimativa do impacto social e os desafios relacionados à atual crise para os países da América Latina e do Caribe no curto, médio e longo prazo. No relatório anterior, a Cepal já havia estimado uma queda de 5,3% no PIB da região e um aumento de 3,4 pontos percentuais no desemprego.

Com isso, o total de pessoas em situação de pobreza deve crescer para 214,7 milhões de pessoas (28,7 milhões a mais), atingindo 34,7% da população da região. Já a extrema pobreza chegaria a afetar 83,4 milhões de pessoas (15,9 milhões de pessoas a mais).

Com informações da Cepal.

Leia aqui o relatório completo.

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