Estudo indica que nenhum país vai cumprir as metas para a igualdade de gênero da Agenda 2030

SDG Gender Index, do projeto Equal Measures 2030, mostra o Brasil na 77ª colocação, entre os países que pouco avançaram no cumprimento das metas
Nenhum país do mundo vai cumprir as metas para a igualdade de gênero da Agenda 2030. É o que indica o SDG Gender Index, levantamento feito pela Equal Measures 2030, parceria internacional que engloba várias organizações da sociedade civil e empresas privadas. O índice avalia os países com notas que variam de 0 a 100, em que 100 significa que a igualdade de gênero foi atingida.
A avaliação considera 51 metas de 14 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), relacionadas à igualdade de gênero, que afetam direta ou indiretamente mulheres e meninas, como o acesso desproporcional à internet ou a fontes seguras de água potável. De 129 países analisados, apenas 21 tiveram notas superiores a 80. Dinamarca (89,3), Finlândia (88,8) e Suécia (88,0) lideram o ranking, enquanto que os maiores índices de desigualdade foram registrados no Congo (44,0), na República Democrática do Congo (38,2) e no Chade (33,4).
Na região da América Latina e Caribe, os países com maior igualdade de gênero são Paraguai (69,4), Colômbia (67,9) e Equador (67,7). Já Guatemala (58,3), Nicarágua (60,4) e Venezuela (61,4) ocupam as piores posições. O Brasil ocupa a 77ª colocação no ranking, com nota 62,8. O país possui uma das maiores proporções de relatos de mulheres que se sentem inseguras para andar à noite nas ruas. Porém, as brasileiras estão entre as mais satisfeitas com as medidas adotadas para planejamento familiar, por exemplo.
O scores entre 60 e 69 são classificados como ruins, isto é, referem-se a países que pouco avançaram no cumprimento das metas. De acordo com o estudo, somente 8% das meninas e mulheres vivem em países avaliados como “bom”. Quase 40% (1,4 bilhão) das mulheres e meninas vivem em países com desempenho avaliado como “muito ruim” (59 para baixo) e outras 1,4 bilhão em países classificados como “ruim”. Ou seja, 2,8 bilhões de mulheres e meninas vivem em países que não fazem o suficiente para melhorar suas vidas.
Com informações da DW Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.
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