5 coisas que você deve saber sobre a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) publicou em seu blog em espanhol uma lista de cinco coisas que as pessoas devem saber sobre a Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Traduzimos para o português para que um público cada vez maior possa ter acesso a este “plano radical para a humanidade” e esta “nova forma de abordar o desenvolvimento”. Acompanhe a seguir:
1. A Agenda 2030 se aplica a todos os países e atores…
Anteriormente, os planos de desenvolvimento se centravam principalmente no progresso dos países em desenvolvimento. Mas a realidade de hoje é diferente. A maioria dos pobres do mundo vive em países de renda média, as desigualdades dentro dos países estão aumentando e as pessoas e comunidades de todo o mundo sentem os efeitos da mudança climática e da degradação do meio ambiente.
Por isso, a Agenda 2030 é universal e se aplica a todos os países e atores. Todas as nações são obrigadas a tomar medidas climáticas, a reduzir o desemprego, a fortalecer a igualdade de gênero e a promover sociedades pacíficas, para citar algumas, caso o mundo queira erradicar a pobreza e passar a um desenvolvimento mais sustentável.
2. … e os ODS estão interconectados
Os esforços de desenvolvimento tradicional anteriormente se centravam em um tema de cada vez, quer dizer, primeiro a fome, logo a energia limpa e logo as instituições inclusivas, por exemplo. Os ODS reconhecem que o desenvolvimento deve equilibrar a sustentabilidade econômica, social e ambiental, e que as intervenções em uma área afetarão os resultados em outras. Por exemplo, as ações para apoiar o empoderamento das mulheres e meninas também podem catalisar as economias locais, permitir um parto mais seguro e construir comunidades mais inclusivas.
A natureza indivisível dos ODS significa que não podemos eleger um tema específico, mas considerar a Agenda como um conjunto integrado.
3. Desenvolvimento sem deixar ninguém para trás
Os avanços no desenvolvimento anteriormente eram medidos em termos de melhoras na renda média, diminuição da mortalidade infantil média e taxas de pobreza mais baixas. Enquanto esses são avanços são importantes, a Agenda 2030 é clara: precisamos fazer mais. As médias podem esconder que milhões de pessoas permanecem na pobreza, o que voltam a cair nela, assim como a discriminação estrutural que exclui as pessoas do progresso do desenvolvimento.
A Agenda 2030 adota uma postura radical através de sua promessa de não deixar ninguém para trás. Os ODS estão desenhados para levar ao mundo vários “zeros” que mudam vidas, incluindo zero pobreza, fome, mortes infantis evitáveis, AIDS, tuberculose e malária, discriminação contra mulheres e meninas e trata de pessoas. Na prática, isso significa dirigir os esforços de desenvolvimento e investimentos primeiro a quem ficou para trás, incluídos os 736 milhões (10% da população mundial) que vivem na pobreza extrema.
4. O desenvolvimento deve ser inteligente: se não leva em conta os riscos, não é sustentável
40% da população mundial que se viu afetada por desastres entre 2002 e 2012, o que resultou em 1,2 milhão de mortes e um custo econômico de US$ 1.7 bilhão. Os países viram avanços no desenvolvimento e anos de trabalho árduo arruinados. É por isso que a Agenda 2030 enfatiza que o planejamento do desenvolvimento deve estar baseado nos riscos.
A redução de riscos e a criação de resiliência no solo se referem a desastres ambientais, mas também à degradação, pandemias, crises financeiras, conflitos e guerra. Ao prevenir, mitigar e preparar, os países e as comunidades economizarão dinheiro, recursos e, o que é mais importante, vidas. Por exemplo, as economias devem poder se recuperar rapidamente das crises financeiras, a agricultura deve suportar a seca, os hospitais devem ser capazes de lidar com surtos súbitos de doenças e as instituições públicas devem ser abertas e inclusivas para apoiar sociedades pacíficas. Isso envolve leis, políticas e cooperação entre setores e atores. O desenvolvimento deve ser inteligente. Se não está informado sobre os riscos, não é sustentável.
5. Todas as pessoas são necessárias
A Agenda 2030 precisa das mentes brilhantes e da dedicação implacável de toda a sociedade: os governos e as Nações Unidas não podem fazê-lo sozinhos. É necessário aproveitar os conhecimentos técnicos, a experiência, a tecnologia e os recursos financeiros das empresas, o mundo acadêmico, a sociedade civil e as pessoas para alcançar os objetivos ambiciosos em contextos distintos.
Os ODS foram criados através do maior processo participativo realizado pela ONU. Dez milhões de pessoas de todos os âmbitos expressaram suas opiniões dentro e fora do processo de consulta para ajudar a dar forma à Agenda 2030. O enfoque de múltiplas partes interessadas define o núcleo da Agenda 2030 e os ODS: estamos todos juntos nisso.
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Foto: Pnud/Divulgação
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