Dia da Democracia no Brasil, em memória de Vladimir Herzog

GT Agenda 2030 apoia iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF em defesa da democracia

O Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030) apoia a iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal de prestar homenagem à memória de Vladimir Herzog, morto no dia 25 de outubro, há 43 anos, pela ditadura civil-militar. A ação está em sintonia com o ODS 16: Paz, Justiça e Instituições Eficazes, que visa promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

Confira a mensagem do SJPDF  

“Esta quinta (25), véspera das eleições, marca 43 anos do assassinato, após tortura, do jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, pela ditadura civil-militar no Brasil.

Em homenagem a Herzog, o dia 25 de outubro foi estabelecido com Dia da Democracia no Brasil. Vlado é um dos grandes símbolos da luta pela liberdade de expressão e contra a violência e a tortura no país.

Além disso, por diversas vezes, Bolsonaro ameaçou e agrediu verbalmente colegas jornalistas, tanto enquanto candidato, como anteriormente enquanto parlamentar. Seus apoiadores são responsáveis por quase a totalidade das mais de 140 ameças e agressões a profissionais da imprensa, desde o início do período eleitoral, em maio deste ano. A própria Folha de S. Paulo pediu que a PF investigasse as ameaças aos seus jornalistas.

Em julho, em entrevista a Mariana Godoy na RedeTV, Jair Bolsonaro teve o cinismo de negar a tortura a Vlado e afirmar que “suicídio acontece”. É notório que esse candidato defende a ditadura militar, já tendo publicamente se declarado fã de um dos maiores torturadores do país, o coronel Carlos Alberto Ustra, além de fazer apologia à prática da tortura e da violência.

Em um momento crucial para o povo brasileiro, nós, jornalistas e defensores da democracia, cumprindo com o previsto no Código de Ética de nossa profissão, repudiamos todo autoritarismo que representa a candidatura de Jair Bolsonaro. O caminho da violência, da censura e da opressão não é a solução que o Brasil precisa e merece. Lutamos ontem, hoje e sempre por um país justo e solidários para todas e todos.

Se junte a essa campanha. Publique vídeos, fotos e textos em suas redes.

#HerzogVive #DitaduraNuncaMais #Elenão

Sobre Vladimir Herzog

Vladimir Herzog foi morto aos 38 anos, deixando dois filhos e a esposa. Trabalhou no Estado de S. Paulo, BBC, revista Visão. Foi professor de jornalismo na FAAP e na USP. Em 1975, foi escolhido pelo Governo de SP para dirigir o jornalismo da TV Cultura.

Na véspera de seu assassinato, foi procurado por militares na sede da TV Cultura, alegando que queriam o levar para “prestar depoimento” sobre um suposto envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Após negociação, Vlado se apresentou no dia seguinte ao DOI/CODI, onde foi espancado, sufocado e submetido a choques elétricos até a morte.

Como de prática, o governo militar produziu um laudo forjado alegando que Herzog havia suicidado, prendendo seu corpo a uma tira de pano amarrada em uma janela. A própria Sociedade Israelita verificou as marcas de tortura e não permitiu o seu enterro na ala reservada aos suicidas.

Ainda 1979, a justiça reconheceu a farsa e condenou o governo por prisão ilegal, tortura e morte do jornalista. Mas apenas em 2013, a família conseguiu registrar uma nova certidão de óbito com a real causa da morte.

Em 4 de julho de 2018, a Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou que o Estado brasileiro apure, julgue e, se for o caso, puna os militares responsáveis pela morte de Vladimir Herzog.”

Com informações do SJPDF e Instituto Vladimir Herzog

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