Novas políticas industriais são fundamentais para pequenas e médias empresas latino-americanas

Fabio de Almeida, gerente de Desenvolvimento Institucional e Redes do Instituto C&A e ex-coordenador-executivo do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), entidade que integra o GT Agenda 2030 como co-facilitadora, destaca que o Brasil tem um dos piores ambientes de negócios do mundo, como mostra o ranking Doing Business, divulgado pelo Banco Mundial. Isso tem grande impacto sobre as pequenas e médias empresas, que já enfrentam uma série de obstáculos em seus estágios iniciais de operação.“Na UE, queremos ter uma visão compartilhada com a América Latina. Para nós, não há nada mais importante que o crescimento sustentável com emprego. […] Precisamos compartilhar assessoria técnica e lições aprendidas. Também precisamos de um empurrão, estamos aqui para apoiar, mas para isso é fundamental a criatividade. O campo está aberto nas suas mãos para a cooperação mútua”. Jolita Butkeviciene – União Europeia
O seminário teve o propósito de apoiar o desenvolvimento de melhores políticas de promoção das micro, pequenas e médias empresas, que representam aproximadamente 99% das empresas, 61% do emprego e 25% da produção na América Latina. Durante o evento foi apresentada a publicação Micro, pequenas e médias empresas na América Latina — um desempenho frágil e novos desafios para as políticas de desenvolvimento, elaborada pela CEPAL com o apoio da União Europeia, que analisa o desempenho dessas empresas na região e as políticas e instituições que as apoiam. O documento aponta que o esforço feito pelas entidades de desenvolvimento permitiu ampliar o marco regulatório e diversificar as medidas de apoio. No entanto, esses avanços não são suficientes para enfrentar os desafios que caracterizam o atual cenário competitivo, por isso, é necessário propor uma profunda mudança na abordagem e nas modalidades de trabalho das entidades de apoio. Com informações da ONU Brasil Foto: Pexels“A iniciativa de olhar para como a inovação digital está modificando os modelos de negócios, os processos de produção e os padrões de consumo está totalmente alinhada à Agenda 2030. A tecnologia está contribuindo para gerar maior competitividade dos pequenos e médios negócios, customizados para os públicos e locais que atendem. Esta reorganização das cadeias de produção e do consumo pode ter um grande impacto em diversos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.” Fábio de Almeida Pinto | IDS
