Pelo 3º ano consecutivo, cai nota do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção
País passa a ocupar a posição de número 105, dentre os 180 países e territórios avaliados, ao atingir 35 pontos no ranking da Transparência Internacional
Pelo 3º ano consecutivo, o Brasil apresentou queda no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional. O principal indicador de corrupção no setor público do mundo mostra que a nota do país caiu de 37 pontos, em 2017, para 35 pontos em 2018, fazendo com que perdesse nove posições no ranking global. A escala vai de zero a 100. Quanto menor o valor, maior a percepção de corrupção.
O IPC é a mais antiga e abrangente ferramenta de medição da corrupção no mundo, existindo desde 1995. De acordo com a nova edição do índice, a pontuação do Brasil foi a menor desde 2012, ano em que a metodologia do indicador foi modificada e passou a possibilitar a análise em série histórica. Foi o terceiro recuo seguido na comparação anual. Com essa nota, o país empatou com Argélia, Armênia, Costa do Marfim, Egito, El Salvador, Peru, Timor Leste e Zâmbia, passando para a 105ª posição dentre as 180 nações e territórios avaliados.
Para a Transparência Internacional – Brasil, o persistente mau desempenho do país no ranking não significa que os avanços obtidos nos últimos anos foram perdidos. “É inegável que grandes esquemas de ilícitos e privilégios foram revelados no período recente, principalmente pela operação Lava Jato e desdobramentos. O fato de haver hoje importantes figuras do mundo político e empresarial atrás das grades é uma prova disso”, afirma a entidade, que foi uma das signatárias do Relatório Luz 2018.
A Transparência Internacional – Brasil destaca ainda que a sucessão de escândalos e ações de investigação e punição por parte das autoridades federais tende a deixar uma sensação de que a corrupção está piorando. “A tarefa de reverter esta avaliação depende, no entendimento da organização, de um sério comprometimento do país com a eliminação das causas estruturais deste problema social”, completa.
Agenda 2030 – O tema da corrupção dialoga com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) # 16: Paz, Justiça e Instituições Eficazes. O Relatório Luz 2018 aponta que o fortalecimento das instituições brasileiras através do combate à corrupção e o incentivo à transparência governamental são requisitos fundamentais para o alcance do desenvolvimento sustentável e inclusivo. A Meta 16.5 dos ODS prevê justamente a redução substancial da corrupção e do suborno em todas as suas formas.
Leia aqui o relatório completo.
Com informações da Transparência Internacional
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